Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou na última quarta-feira, 16 de novembro, que o governo decidiu que não há necessidade de retomar o horário de verão para este ano. Entretanto, de acordo com o ministro, a possibilidade da volta da política a partir do próximo ano está mantida, dependendo de análise posterior.
Ele afirmou que o debate sobre a necessidade de retomada da política foi iniciado por causa da pior seca vivida pelo país desde 1950. “Graças a medidas ao longo do ano, conseguimos chegar com os reservatórios com índices de eficiência”.
Em relação a segurança energética, o adiantamento dos relógios em uma hora foi justificado pela necessidade de reduzir o consumo no horário de ponta. Em tese, as pessoas poderiam ter um melhor aproveitamento da luz natural.
Essa política era adotada normalmente no mês de outubro de cada ano, até fevereiro do ano seguinte. Por causa do cenário hidrológico desfavorável do momento, com o acionamento mais frequente de termelétricas, que são mais caras, a retomada do horário de verão chegou a ser indicada como uma realidade “premente” pelo ministro Silveira, em manifestação pública.
A retomada do horário de verão traria mais eficiência
Em setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou uma nota técnica analisando que a volta dessa política traria uma maior eficiência ao Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente no atendimento entre 18 horas e 20 horas. É nesse período que o sistema fica mais pressionado.
No início do mês passado que interlocutores do governo diziam que o retorno do horário de verão não seria imediato. Isso por causa das autoridades do setor elétrico já estarem adotando outras medidas para aumentar a confiabilidade do sistema.
Tendo em vista à redução da demanda em horário de ponta, há o programa Resposta da Demanda (RD), quando grandes consumidores apresentam ofertas de redução de demanda em troca de uma remuneração.
Um processo competitivo foi realizado na terça-feira, 15 de outubro, as empresas vencedoras vão ser contratadas por um período de três meses, de novembro a janeiro, e receberão uma receita fixa mensal. Com isso, deverão estar disponíveis para diminuir sua demanda de energia elétrica quatro vezes por mês, por períodos de quatro horas, entre 18 horas e 22 horas, nos dias úteis.