Noronha Verde, o projeto que impulsiona a descarbonização do Arquipélago de Fernando de Noronha começou a ser executado na última sexta-feira, 1 de novembro, com a publicação da Portaria 818/2024, que regulamenta o processo de transição.
Em até dois anos, a principal fonte de energia elétrica da ilha irá deixar de ser as termelétricas a diesel e vai se tornar a energia solar. A transição energética em Noronha é uma das metas de prioridade do Governo de Pernambuco.
“Fernando de Noronha é um patrimônio do nosso país. Iniciamos agora a transição energética, que é um passo importante para a sua preservação. O Governo de Pernambuco tem uma visão estratégica para a transição energética no Estado. Desde o início da gestão, estamos investindo no fortalecimento das fontes renováveis, que conversa com a nova economia. Nossa prioridade é que esta transição seja realizada de maneira eficiente, sustentável e promova justiça social e climática”, destacou Priscila Krause, a governadora em exercício.
Plano de investimento solar para Fernando de Noronha
Em até 30 dias a partir da sexta-feira, dia 1, a Neoenergia, que já é a responsável pelo abastecimento de eletricidade no arquipélago, entregará um plano de investimento solar, previsto em R$ 300 milhões. Depois da aprovação, a fase de licenciamento ambiental vai ser iniciada, momento em que vai haver um amplo debate com a comunidade noronhense. Em seguida, começará a fase de implantação e operação das placas solares.
O propósito é de que a transição seja concluída em 2026, devido ao avanço das tratativas pelo Governo de Pernambuco, MME, Instituto Chico Mendes de Conservação para Biodiversidade (ICMBio) e Neoenergia, durante os últimos dois anos. A transformação na matriz energética não irá implicar em custos para os moradores da ilha.
A transição energética em Fernando de Noronha para fontes limpas e sustentáveis é considerada, pelos governos estadual e federal, um projeto que vai servir de modelo para outras regiões do Brasil.
Ana Luiza Ferreira, a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE), ressalta que esse projeto é um marco fundamental para correção na distorção de ter queima de combustíveis fósseis em um santuário ecológico.
“Essa transição está sendo gestada desde o ano passado com muito cuidado para levar em conta as especificidades da ilha, respeitando as áreas disponíveis em Noronha para esse fim, mas considerando a necessidade urgente de reduzir o transporte de óleo para a ilha” disse.