Na última segunda-feira, 14 de outubro, o Google que vai usar energia nuclear para alimentar seus data centers. O acordo foi em parceira com a Kairos Power, empresa apoiada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.
“Acreditamos que a energia nuclear tem um papel crítico a desempenhar no suporte ao nosso crescimento limpo e ajudando a entregar o progresso da IA”, disse o diretor sênior de energia e clima do Google, Michael Terrell, em uma coletiva. “A rede precisa desses tipos de fontes de energia limpas e confiáveis que possam dar suporte à construção dessas tecnologias. Sentimos que a energia nuclear pode desempenhar um papel importante em ajudar a atender à nossa demanda e ajudar a atender à nossa demanda de forma limpa, mais do que estamos fazendo hoje.”
A empresa de tecnologia disse que a aquisição de diversos pequenos reatores (chamados de SMRs) envia um “importante sinal de demanda ao mercado”.
O big tech disse que o primeiro reator vai ficar online até 2030, com mais reatores entrando em operação até 2035.
De acordo com a reportagem da CNBC, existem somente três SMRs em operação no mundo, e nenhum nos EUA. A expectativa é de que os SMRs sejam uma maneira mais econômica de elevar a demanda por energia nuclear. No passado, grandes projetos de reatores nucleares em escala comercial superaram o orçamento e atrasaram o cronograma, por isso, muitos esperam que os SMRs não sofram o mesmo destino. Contudo, esse território é desconhecido até o momento.
Energia nuclear
Esse comunicado do Google é outro exemplo de parceira crescente entre empresas de tecnologia e energia nuclear. Os data centers necessitam de energia confiável 24 horas por dia, 7 dias por semana, e agora a energia nuclear é a única fonte livre de emissões poluentes. Como muitas empresas possuem metas climáticas ambiciosas, esse é o momento para investir em energia nuclear.
No início de 2024, o Google anunciou que suas emissões cresceram quase 50% em comparação com 2019, graças em parte a um crescimento no consumo de energia do data center.
“É uma aposta incrivelmente promissora e, você sabe, se conseguirmos fazer esses projetos ganharem escala e, então, escalar globalmente, trará enormes benefícios para comunidades e redes elétricas ao redor do mundo”, disse Terrell.