Na semana passada, Agência Nacional de Águas, ANA, declarou situação crítica de escassez de recurso hídrico no Rio Madeira até 30 de novembro. A estiagem pode fazer com que a Hidrelétrica de Santo Antônio seja forçada a desligar suas turbinas e pare de gerar energia, até que o rio começe a encher novamente.
A possibilidade de suspensão dos trabalhos na usina foi confirmada pelo superintendente adjunto da ANA, Patrick Thadeu Thomas.
“Nesse ano, em função dos níveis que estamos observando, nós acreditamos que poderá haver uma nova paralisação da usina de Santo Antônio, porque, como falei, os níveis já estão mais baixos que o histórico e a tendência é que atinjamos níveis ainda menores que os do ano passado”, declarou Patrick.
A falta dos recursos hídricos foi reconhecida pela Agência Nacional de Águas, por causa da redução na vazão dos rios e no nível de chuvas na região Norte, em relação à média histórica para o mesmo período em 2023
“A previsão dessas instituições de previsão do tempo para o período seco este ano é de seca severa, semelhante ao que aconteceu no ano passado, quando observamos a pior seca da história na bacia do rio Madeira”, declarou.
Em 2023, a ANA já havia declarado situação crítica no rio Madeira durante o período seco –reconhecida até o final de novembro de 2023.
Na ocasião, a falta de chuva e redução da vazão de água foi o que comprometeu a geração de energia nas hidrelétricas.
O rio Purus e seus afluentes, Acre e Iaco, também foram considerados em “situação crítica” no mesmo período.
Localizados no Acre e Amazonas, estes rios são normalmente usados para navegação e para o abastecimento público.
Se houver a paralisação em Santo Antônio, a distribuição de energia no Acre poderá ser afetada diretamente. Além de abastecer o Sudeste e as demais regiões do país com suas 44 turbinas, seis turbinas têm geração dedicada para Rondônia e Acre, exclusivamente.