Os sistemas de abastecimento de água mais importantes do Estado do Rio estão em estado de alerta devido à falta de chuvas. A estiagem pode afetar o fornecimento para em torno de 11 milhões de pessoas em diversas cidades fluminenses. Na última segunda-feira, o governador Cláudio Castro anunciou medidas para a contenção da crise hídrica que, de acordo com ele, “é do Brasil todo, não só do Rio”. A Cedae recomendou que a população economize água.
O Sistema Imunana-Laranjal, na Região Metropolitana, teve uma redução de 10% em sua produção. Segundo o RJ2, da TV Globo, o nível de seu reservatório está 13% mais baixo, o pior em 22 anos. A área atendida pelo sistema contém os municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Rio (apenas Paquetá), Niterói e Maricá (parte) abastecendo em torno de dois milhões de pessoas. Além do Imunana, os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Macaé e Acari (parte da Baixada Fluminense), estão em estado de alerta.
Pior estiagem
As represas do Sistema Acari estão enfrentando a pior estiagem em seis anos. A captação reduziu pela metade. Porém, parte da deficiência está sendo suprida por manobras no Sistema Guandu, com o qual tem conexão. Já o reservatório do Guandu, que leva água para nove milhões de moradores da capital e de cidades da Baixada, está com 67,235 da sua capacidade. O dado é do SIGA (Sistema de Informações Geográficas e Geoambientais), do Comitê Guandu. Chegou a 97,4%, em abril. O menor nível, 17%, foi registrado na crise hídrica de 2015. No entanto, atualmente, a produção da estação de tratamento está normal.
Serão disponibilizados carros-pipa para algumas localidades que foram afetadas, priorizando creches, escolas e hospitais, por determinação do governador. Ele ainda anunciou um monitoramento da comercialização de água para evitar acréscimos abusivos de preço. Além disso, obras emergenciais de desassoreamento do Canal de Imunana para aumentar a vazão, estão em andamento.
“Os planos são para que a gente possa manter o máximo possível a normalidade do abastecimento de água para a população”, disse Castro, que prevê controle da crise hídrica e das queimadas em até um mês. “Na primeira quinzena de outubro, imagino que vá começar a melhorar. Na segunda quinzena, creio que a gente já esteja com uma normalidade efetivada”.