Um número ampliado de fabricante chineses de equipamentos fotovoltaicos, estão quebrando ouentrando ematividade de reestruturação financeira na China, em meio a um cenário de muita oferta e guerra de preços na indústria, segundo reportagem da Bloomberg.
Uma subsiidária da Zhejiang Akcome New Energy Technology foi a última a pedir equivalência à falência na China, quando foi ordenada por um tribunal a efetuar um processo de reorganização depois de um credor dizer que a fabricante “não era capaz de pagar dívidas” e “não tinha solvência”.
“A gente acompanha no dia a dia isso, inclusive vamos muitas vezes para a China justamente pra entender como funciona. E nos últimos dois anos temos visto realmente um excesso de oferta. Hoje, a capacidade de produção de células na China é praticamente o dobro da necessidade global”, disse o fundador da PHB, Sérgio Polesso.
“Muita gente lá está desesperada, vendendo a qualquer preço. E, pra não perder muito dinheiro, estão usando células de qualidade B e C e vão ter uma deterioração muito grande em pouco tempo. Em cinco, seis anos, a produção pode cair até 50%”, relatou.
O que isso tem a ver com o Brasil?
De acordo com Sérgio, esse cenário na China reflete no Brasil. “Você comprava um módulo a 0,25 centavos de dólar o watt, isso no início de 2023. Atualmente, está 0,075. A gente sabe que o custo de produção é bem mais alto do que isso. Então, está realmente uma competição muito grande”.
“Você tem que considerar também que 5% da produção global é adquirida pela própria China e o país agora deu uma recuada. O governo chinês, que é o grande comprador e está com excesso de estoque, também diminuiu o volume de compra”, acrescentou.
Conforme o fundador da PHB, no mercado brasileiro está basicamente a mesma coisa. “Vemos um monte de gente importando coisas muito baratas, sem qualidade, criando uma guerra desleal aqui”.
“O cliente final não conhece (energia solar). Não é quando ele vai comprar uma geladeira, no qual conhece as marcas, mas só que ele está esquecendo que há equipamentos eletrônicos que vão dar defeito”, concluiu Polesso.
O diretor da Latam DAH Solar, Felipe Santos, relembra a importância de escolhero fabricante no momento do projeto de um sistema fotovoltaico. “Os aspectos de qualidade são sem dúvida importantíssimos, mas olhar para longevidade da empresa cada vez mais passa a ser crucial. Estamos falando de sistemas que tem durabilidade de 30 anos, desta forma a parceria com o fabricante deve ser proporcional a este período.”
Ele destacou também alguns aspectos a serem avaliados no momento da decisão. “É fundamental verificar se a companhia tem tradição no segmento, há quanto tempo foi fundada, se tem produção verticalizada, há quanto tempo está presente no mercado brasileiro, a relevância do setor solar brasileiro para este fabricante e a presença de estrutura local com time local – aspectos simples, mas valiosos neste momento de decisão”.guns aspectos a serem avaliados no momento da decisão. “É fundamental verificar se a companhia tem tradição no segmento, há quanto tempo foi fundada, se tem produção verticalizada, há quanto tempo está presente no mercado brasileiro, a relevância do setor solar brasileiro para este fabricante e a presença de estrutura local com time local – aspectos simples, mas valiosos neste momento de decisão”.