As tecnologias de fonte de energia renovável nos Estados Unidos irão continuar competitivas nos próximos quatro anos, mesmo com as incertezas trazidas pela vitória de Donald Trump nas Eleições Presidenciais de 2024. De acordo com a análise do último relatório divulgado pela Wood Mackenzie, companhia especializada em análise de mercado de energia.
Em uma postagem no site da empresa, David Brown, diretor de prática de transição energética da Wood Mackenzie, apontou que o Governo Trump não vai mudar a demanda por energia solar fotovoltaica nos EUA no curto prazo.
“É provável que os EUA adotem padrões mais leves sobre regulamentações de emissões, políticas comerciais mais protecionistas e retirem os EUA do Acordo de Paris, o que afastaria a política dos EUA de uma trajetória de emissões net zero”, disse Brown.
Lei de Redução da Inflação
De acordo com executivo, no entanto, o suporte bipartidário à Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) no Congresso, a economia competitiva para energia limpa e metas de net zero do setor privado “não irão atrapalhar a transição energética” no país.
No total, 18 congressistas republicanos se colocaram contra a revogação do IRA e dos mais de US$ 220 bilhões em investimentos. “A probabilidade de uma revogação completa do IRA é baixa. No entanto, pode haver algumas alterações na legislação”, enfatizou.
A Wood Mackenzie projeta que o investimento em energias renováveis nos Estados Unidos pode até desacelerar, porém a capacidade deve aumentar em mais de 240 GW entre os anos de 2024 e 2030, mesmo em um panorama de transição energética ruim.
Em sua publicação, Brown enfatiza que tem expectativas que Trump apoie as aspirações de crescimento das bigs techs no país, já que a tendência é que os data centers se tornem uma característica considerável no futuro.
Hoje, companhias que dependem de dados como Meta, Google e Amazon já assinaram grandes acordos de longo prazo com alguns dos maiores desenvolvedores fotovoltaicos dos Estados Unidos. “Identificamos mais de 51 GW de novos anúncios de data center desde 2023”.