De acordo com o levantamento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a energia solar fotovoltaica corresponde a mais da metade da capacidade adicionada à matriz elétrica nacional nos primeiros oito meses desse ano. Segundo os dados, a expansão da oferta de energia elétrica alcançou 7 GW até o final do mês passado, dos quais 3,55 GW são relacionados a 93 usinas fotovoltaicas de grande porte.
Também foram instaladas 90 eólicas (3 GW), 13 termelétricas (441 MW), cinco pequenas centrais hidrelétricas (35,19 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,60 MW), culminando em 203 novas usinas no período. Com isso, a matriz elétrica do Brasil atingiu 204 GW no início de setembro.
De acordo com a Aneel, o avanço em agosto, de 570,80 MW, é devido ao início da operação de 19 usinas eólicas (349,50 MW), seis centrais solares fotovoltaicas (205,50 MW), uma pequena central hidrelétrica (14,20 MW) e uma central geradora hidrelétrica (1,60 MW).
Estados de destaque
As usinas que começaram suas operações comerciais nesse ano estão instaladas em 15 estados nas cinco regiões do país. Em ordem decrescente, os destaques são a Bahia (1.902,80 MW), o Rio Grande do Norte (1.699,95 MW) e Minas Gerais (1.345,93 MW).
Em relação ao mês de agosto, a Bahia foi o estado com maior expansão observada, com 16 novas usinas e uma aumento na oferta de 299,30 MW. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com seis usinas e 161,05 MW somados à matriz elétrica.
Considerando os sistemas de energia solar de GD (geração distribuída), a modalidade que permite que consumidores possam produzir sua própria eletricidade através de placas solares, houve um aumento de 5,76 GW no Brasil até o início desse mês, com mais de 520 mil novas instalações.
Com isso, mais de 9 GW em capacidade instalada de energia solar fotovoltaica foram adicionados no país, levando em consideração a soma entre GD e geração centralizada, o mercado composto por grandes usinas.