O Brasil atingiu o recorde de ampliação de matriz elétrica esse ano, com adição de 10,55 GW em capacidade instalada, de acordo com dados divulgados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O recorde anterior era de 10,31 GW, reportado em 2023, sendo superado na última quinta-feira, 12 de dezembro, depois de liberar a operação comercial de sete unidades produtoras da usina eólica Serra do Assuruá 13, situada na Bahia.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), 90,14% da nova capacidade implantada é proveniente de fontes limpas, destacando a energia solar fotovoltaica correspondendo a 51,18% e a eólica com 38,96%. Em 2024, entraram em operação 281 usinas em 17 estados brasileiros, com 136 sendo solares fotovoltaicas (5,4 GW), 114 eólicas (4,13 GW), além das termelétricas, centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas.
Os estados, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte foram líderes da expansão, contemplando os maiores volumes de potência adicionada. O MME ressaltou ainda que 2023 e 2024 foram os dois anos da história em que o acréscimo de produção de energia ultrapassou a marca de 10 GW. Com a expansão, a matriz elétrica brasileira alcançou uma capacidade instalada total de 207,7 GW, cujo 84,81% são oriundos de fontes limpas.
Esses dados divulgados não abrangem a GD (geração distribuída), somente incluem usinas de geração centralizada, empreendimentos de maior porte que distribuem energia elétrica para o SIN (Sistema Interligado Nacional) no mercado cativo e no mercado livre de energia.
Até o momento, a GD, um setor que contempla sistemas de geração própria de energia elétrica, adicionou 7,89 GW de capacidade instalada no Brasil 2024, cujo 7,88 GW são de energia solar. Resultando no acúmulo de 34,5 GW de potência operacional no mercado de energia.
Matriz energética em outubro
A matriz energética brasileira reportou uma expansão de 711,33 MW na capacidade instalada no mês de setembro, uma alta que colaborou para uma expansão total de 7.807,88 MW durante 2024.