Já pensou em dirigir por estradas mais sustentáveis, nas quais o asfalto não é somente aquele convencional que conhecemos, porém uma mistura que ajuda o meio ambiente e ainda economiza recursos? Essa ideia está mais perto da realidade do que parece! Um estudo realizado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), localizada no Paraná, analisou o uso da cinza de bagaço de cana para melhorar as misturas asfálticas. E os resultados foi surpreendente.
Tudo se iniciou com a ideia de substituir o famoso pó-de-pedra, que é um dos componentes convencionais do asfalto, pela cinza de bagaço de cana. Esse resíduo é gerado em grandes quantidades pela indústria da cana-de-açúcar e, até então, não tinha eram utilizados para nada grandioso. Só que agora ele pode se tornar o novo componente da pavimentação de rodovias.
O teste foi feito em um trecho da rodovia BR-158, entre Campo Mourão e Maringá, e quem passa por ali já está dirigindo por cima dessa inovação. Essa troca de materiais auxiliou no desempenho mecânico do asfalto, isto é, ele ficou mais resistente e durável, além de diminuir a necessidade de agregados minerais.
Vinícius Hipólito, o engenheiro e pesquisador que liderou esse projeto, diz que viu uma grande oportunidade de usar esse resíduo para melhorar a resistência do asfalto. “É um material do dia a dia na infraestrutura, e precisamos aprimorá-lo sempre para otimizar nossos investimentos”, disse ele. Isto é, o asfalto produzido pela cana pode ser uma ótima maneira de economizar dinheiro e ainda melhorar a qualidade das nossas estradas.
Porém esse não é somente o único motivo. Além de economizar nos materiais convencionais, o uso da cinza de bagaço de cana auxilia na diminuição da quantidade de resíduos industriais, o que promove um ciclo de reaproveitamento que é bom para o meio ambiente. Para quem está buscando soluções sustentáveis, essa é uma ótima notícia.