A entrada em operação de três novas linhas de transmissão de energia elétrica, no último dia 16 de outubro, no Ceará, aumentou a capacidade do envio de energia renovável do Nordeste para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Norte, informou Marcio Rea, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema. Dessa forma, a carga de energia exportada por usinas eólicas e solares retornou ao patamar anterior ao apagão de agosto do ano passado, diminuindo os cortes de geração impostas aos agentes do setor.
Com a entrada das linhas de transmissão e outras medidas adotadas, o horário de verão não vai ser necessário este ano de acordo com a avaliação do Ministério de Minas e Energia, porém a previsão é de que seja implantado em 2025, a depender somente de uma decisão formal do MME. O executivo aposta também na antecipação do leilão de baterias para tirar os cortes de energia das fontes limpas, já que seria possível o armazenamento.
Os dados do ONS apontam que, na semana passada, entraram em operação uma subestação e as novas linhas de transmissão Pecém II/Pacatuba C, Fortaleza II/Pacatuba C e Pacatuba/Jaguaruana II C. No sentido Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, o aumento vai ser de cerca de 12%, com os índices passando dos atuais 11.600 megawatts (MW) para 13.000 MW. Já a carga exportada do Nordeste para o Norte vai ser aumentada em quase 30%, avançando do patamar de 4.800 MW para 6.200 MW.
“Os próximos prospectivos dos agentes já vão mostrar uma diferença para eles. Voltamos ao patamar de antes do apagão com mais segurança e confiabilidade”, explicou Marcio Rea, se referendo às empresas geradoras de energia limpa do Nordeste, que reivindicavam a volta ao patamar de antes do apagão.
A entrada em operação de três novas linhas de transmissão no Ceará reforça a decisão do MME de dispensar o horário de verão neste ano.