2024 foi o ano em que o MLE (mercado livre de energia) se tornou acessível a todos os clientes de média ou alta tensão, setembro (-1,1%) e outubro (-0,9%) reportaram as primeiras reduções no consumo do mercado regulado, em comparação aos mesmos meses do ano passado, de acordo com dados que foram divulgados na resenha mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em outubro, o consumo no ambiente regulado foi de 27.247 GWh, correspondendo a 57% da demanda nacional. A maior ampliação no consumo das distribuidoras aconteceu na região Norte, com demanda 3,7% maior do que em outubro de 2023.
Mesmo com a possibilidade de migração para o ambiente de contratação livre, o número de unidades consumidoras no mercado regulado cresceu 1,2% no período. A região Norte teve o maior aumento no número de unidades, com alta de 3,9%.
No mercado livre, o consumo alcançou 20.549 GWh, com aumento de 10,7% no consumo e de 48,3% no número de clientes. O Sul foi a região que mais ampliou o consumo (+15 %) e o Nordeste teve o maior crescimento no número de consumidores livres (+73,8%).
O consumo industrial entre março e outubro desse ano foi o maior já registrado pela EPE. Ao longo desse ano, o setor industrial bateu recordes de consumo e, depois do pico em agosto, outubro registrou a terceira maior demanda de toda a série histórica para indústria, perdendo somente para agosto e setembro deste ano.
Em outubro de 2024, o consumo industrial foi de 16.881 GWh, com aumento de 4% em comparação no mesmo mês do ano passado. Em setembro, o consumo industrial correspondeu 16.898 GW (+5,8% na base anual) e, em agosto, a demanda da indústria atingiu 17.253 GWh (+7% na base anual).
Em valores absolutos, o maior aumento industrial em outubro foi por meio da metalurgia, com crescimento 150 GWh, correspondendo a alta de 3,6% na base anual. O setor registrou 26% de participação no consumo industrial.