A conta de luz alta é uma realidade de muitos brasileiros, e infelizmente está cada vez mais cara. Segundo pesquisa da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres), o nosso país tem a conta mais cara entre 34 outros países no mundo inteiro.
A fatura de energia é um documento que determina a comunicação entre o consumidor e a distribuidora de energia. Ela não só reflete a quantidade de eletricidade que foi consumida durante os meses, mas também outros itens que impactam o valor total a ser cobrado.
Um fator importante na composição da conta de luz são os impostos. Boa parte do valor pago vai para o governo. Temos impostos federais, estaduais e até municipais que acabam encarecendo a energia para o consumidor.
Além disso, tem os custos de distribuição e transmissão, que levam a energia das usinas até as residências, e as perdas no sistema, como perdas técnicas na transmissão e distribuição, e os desperdícios e furtos de energia, que também contribuem para o alto custo da energia elétrica.
Entenda como funciona a divisão
Por isso a tarifa de todos os clientes é dividida em duas partes uma componente de energia conhecida como Tarifa de Energia, TE, e uma componente de transporte conhecida como Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição, TUSD, quando o cliente se conecta diretamente na transmissão sua tarifa de transporte passa a ser a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão, TUST.
Quando falamos de um preço alto da energia, estamos nos referindo a esse arranjo geral na conta, que envolve não apenas o consumo de eletricidade, mas também os impostos, os custos de infraestrutura e as ineficiências do sistema.
Não são apenas os grandes consumidores industriais que arcam com a conta elevada de energia elétrica no Brasil. Todos os brasileiros pagam uma das tarifas de energia mais caras do mundo.
Segundo o Ranking da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, referente à metade de 2024, a concessionária com a tarifa de energia mais cara do país é a Equatorial Pará, com R$ 0,962/kWh. Em seguida, aparece a Enel RJ, com R$ 0,913/kWh.
Por outro lado, a distribuidora com a tarifa mais baixa do Brasil é a Companhia Campolarguense de Energia no Pará, Cocel, com a cobrança de R$ 0,528/kWh.