Centro de atenções desde a última noite de sexta-feira, 11 de outubro, quando um blecaute atingiu grande parte da região metropolitana de São Paulo, deixando quase dois milhões de moradores sem energia, a Enel, empresa italiana pediu ajuda de companhias de fornecimento de eletricidade de países vizinhos para tentar contornar o apagão na região, de acordo com informações do portal UOL. Até às 18h30 de segunda-feira, 14 de outubro, cerca de 340 mil unidades continuavam sem luz, de acordo com a concessionária.
De acordo com a Enel, os reforços técnicos oriundos do Chile e da Argentina, que já iniciaram os trabalhos na segunda-feira. Além disso, técnicos da Itália e Espanha também são esperados. No total, vão ser 65 técnicos que participarão do esforço concentrado para consertar todos os problemas no fornecimento de energia nas áreas afetadas.
A concessionária italiana também estaria recebendo suporte de empresas do Brasil, principalmente do Rio de Janeiro e do Ceará. De acordo com a Enel, com o reforço, já são 2,9 mil técnicos atuando em campo para solucionar o problema da rede elétrica.
A solicitação dos reforços ocorreu depois de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, ter determinado um prazo de três dias para que a Enel resolva todos os problemas de fornecimento.
Enel havia afirmado que apagões não iria mais acontecer
No mês de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia se encontraram com Flavio Cattaneo, o CEO global da Enel, durante a reunião do G7 em Fasano, na Itália.
Na ocasião, a concessionária italiana afirmou que: “[…] O governo brasileiro chegou a um acordo total com a nova gestão da Enel, para quem o Brasil é um dos países mais importantes em sua estratégia de crescimento”.
Está incluso no plano de investimentos um aporte de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) no período de 2024 a 2026 destinado nas redes elétricas no país e adaptações às mudanças climáticas.