O Procon- SP multou no valor de R$ 13, 3 milhões a companhia Enel pelo blecaute em outubro de 2024, quando diversos habitantes do estado ficaram sem energia. Essa é a terceira penalidade que a concessionária recebe em menos de um ano por má prestação de serviço.
A Enel tem o prazo de até o próximo dia 21 de novembro para pagar ou recorrer na Justiça.
Em 12 meses, o estado viveu dois grandes blecautes: o primeiro em novembro do ano passado, quando mais de 2,1 milhões de moradores ficaram sem luz em suas moradias. E o segundo, aconteceu no dia 11 de outubro desse ano, onde mais de 3,1 milhões de residências ficaram seis dias no escuro.
Em novembro do ano passado, ela já havia sido multada em R$ 12,7 milhões. Eles recorreram na Justiça e, hoje, está sendo analisada para emissão da decisão.
A empresa informou ao portal g1 que “reforça o compromisso com os seus clientes e reitera que seguirá investindo para minimizar o impacto no serviço frente ao avanço dos eventos climáticos. O vendaval que atingiu a área de concessão da Enel Distribuição São Paulo em 11 de outubro, com rajadas de até 107,6 km/h, foi o mais forte registrado na Região Metropolitana nos últimos 30 anos, segundo a Defesa Civil, e causou danos severos na rede elétrica de distribuição. O número total de clientes afetados chegou a 3,1 milhões na noite de sexta-feira (11/10)”.
Disse também que na mesma noite restabeleceu a eletricidade para quase 1 milhão de clientes. A nota não mencionou a multa aplicada.
Enel deixa moradores sem luz
A duração dos blecautes nas áreas atendidas pela Enel na Grande São Paulo cresceu em 44% de janeiro a agosto deste ano, o que afetou 3,3 milhões de consumidores. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam que, mesmo metade das áreas atendidas pela distribuidora (56%) tendo registrado melhorias, os moradores enfrentaram longos períodos sem luz.
O centro de São Paulo foi a região mais impactada, com um aumento considerável na duração das interrupções. Ano passado, os moradores ficaram, em média, 1 hora e 15 minutos sem luz; em 2024, esse número aumentou para 14 horas e 31 minutos.