A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou na última terça-feira, 10 de dezembro, a abertura da consulta pública para debater com os valores inseridos na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) em 2025.
O mecanismo funciona como uma conta rateada por toda a população para bancar os subsídios no setor elétrico. A agência reguladora prevê o valor em R$ 40,6 bilhões.
O preço para o ano que vem é 9% maior do que os brasileiros precisaram pagar em 2024. É a primeira vez que a conta atinge uma cifra maior que R$ 40 bilhões. O período de contribuições vai ser de 45 dias. Se iniciou na última quarta-feira, 11 de dezembro, e terminará em 24 de janeiro de 2025.
O maior peso na CDE é relação aos descontos tarifários na distribuição de energia. Para 2025, vão ser R$ 13 bilhões. Em seguida está a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), encargo pago para abastecer sistemas isolados do Sistema Interligado Nacional (SIN) a diesel. Irão ser em torno de R$ 10,3 bilhões.
Fecha o grupo de principais contribuintes à CDE o montante direcionado ao pagamento da tarifa social, subsídio a consumidores de baixa renda. A Aneel prevê que o dispêndio com a tarifa social atinge R$ 6 bilhões em 2025.
De acordo com o relator, Fernando Mosna, a alta na conta de subsídios foi puxada pelo crescimento Luz Para Todos. O orçamento do programa do governo federal teve uma alta de 57,8% em comparação ao orçamento previsto para 2024, agregando R$ 1,45 bilhões de despesas adicionais.
Porcentagem de energia furtada no Brasil aumenta
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse na última terça-feira, 5 de novembro, que o percentual de energia elétrica furtada no país corresponde a 6,7%, nível suficiente para atender a demanda de consumo de todo o estado da Bahia.
O Amazonas é o estado com a situação mais crítica, registrando 35% do total da energia gerando sendo furtado. O Amapá corresponde a 30%, o Rio de Janeiro, 20%, e o Pará, 15%, segundo o balanço apresentado em reunião ordinária.
“A energia furtada no país é equivalente a toda a energia da usina de Belo Monte. Em termos de consumo, a energia furtada no Brasil daria para atender todo o estado da Bahia, o quarto maior da Federação”, declarou Feitosa.
