O Brasil acrescentará 13,2 GW de capacidade instalada de energia solar ano que vem, de acordo com estimativa da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). O número é divido em 8,5 GW na GD (geração distribuída), modelo que abrange pequenas e médias sistemas residenciais e comerciais, e 4,6 GW na GC (geração centralizada), modalidade que contempla usinas de grande porte.
De acordo com a entidade, esse aumento é equivalente a aproximadamente R$ 39,4 bilhões em investimentos, além de gerar em torno de 396,5 mil empregos e arrecadas cerca de R$ 13 bilhões para os cofres públicos. Se a projeção se confirmar, a fonte finalizaria o ano de 2025 com um total acumulado de 64,7 GW, sendo 43 GW oriundas da GD (geração distribuída) e 21,7 GW da GC (geração centralizada).
O setor de energia solar encerrará esse ano com aumento de 13,6 GW, ultrapassando a estimativa da ABSOLAR, que correspondia a 9,3 GW. A fonte solar ultrapassou os 50 GW de potência operacional no Brasil.
“O ano de 2024 encaminha-se para um resultado recorde. Em 2025, diante de um cenário de incerteza, vemos uma estabilidade no crescimento, mas que segue robusto”, declarou Rodrigo Sauaia, CEO da associação, no Encontro Nacional ABSOLAR, feito em São Paulo (SP) na última quarta-feira, 11 de dezembro.
Possíveis desafios do setor de energia solar
A estimativa da ABSOLAR considerou diversos fatores, como econômicos, políticos e dificuldades para o setor. Em um panorama macroeconômico, os seguintes elementos foram destacados:
- Alta do dólar frente ao real
- Possível elevação na taxa básica de juros
- Risco de aumento na inflação
- Alta das tarifas de energia
- Custo de capital
- Acréscimo do imposto de importação de painéis fotovoltaicos
Confira os possíveis desafios para o mercado de energia solar nacional:
- Alegações de inversão de fluxo de potência
- Possíveis interrupções na geração em grandes usinas solares
- Necessidade de ampliar a infraestrutura de transmissão e distribuição
- Baixo custo da energia elétrica no mercado livre de energia