A Copel (CPLE6) e a Eletrobras (ELET3) assinaram na última quinta-feira, 12 de dezembro, um acordo contemplando as subsidiárias Copel GeT e Eletrobras CGT Eletrosul para realizar um swap de ativos, de acordo com o informado pelas empresas em comunicados ao mercado.
Nos termos do acordo, a Eletrobras irá receber a participação integral da Copel na usina hidrelétrica Colíder, além de 365 milhões de reais na conclusão da operação. Por sua vez, a Copel, vai receber toda a fatia correspondendo a 49% da Eletrobras na usina hidrelétrica Mauá e a participação integral de 49,9% da Eletrobras na transmissora Mata de Santa Genebra.
Dessa forma, a Copel se torna a detentora de 100% da usina Mauá e da transmissora Mata de Santa Genebra, já a Eletrobras irá controlar integralmente a usina Colíder, situada em Mato Grosso, que possui a capacidade de 300 megawatts (MW).
Os ativos da UHE Colíder irão ser recebidos sem caixa, com uma dívida de aproximadamente de R$ 408 milhões e um Ebitda estimado de torno de R$ 235 milhões em 2025, de acordo com a Eletrobras.
“Como resultado da transação a Eletrobras aumentará a sua capacidade instalada de geração em 122 MW, com acréscimo de Ebitda e lucro líquido a partir do fechamento e redução de dívida líquida”, disse a companhia energética.
De acordo com a Copel, a operação vai trazer benefícios imediatos à empresa, com ganhos de sinergia pela simplificação da estrutura operacional e administrativa, o que permite compensar depois do fechamento cerca de R$ 170 milhões “de prejuízos fiscais contabilizados referentes à impairment de Colíder”.
Eletrobras avança na proposta para solução da ação no STF
A Eletrobras e o governo tiveram avanços na tentativa de uma solução consensual para finalizar a ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) em que a União defende maior poder de voto na empresa. De acordo com a nota da companhia, a antecipação dos recursos devidos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) não será mais tratada nas negociações, que abrangem o futuro da usina nuclear Angra 3 e a participação da empresa na Eletronuclear.
Na última quarta-feira, 4 de dezembro, ocorreu uma reunião entre representantes da Eletrobras e representantes da AGU (Advocacia-Geral da União), da Casa Civil e do Ministério de Minas e Energia, no âmbito da CCAF (Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Federal) determinada uma conciliação amigável entre as partes, nos termos da decisão realizada pelo ministro Nunes Marques, relator da ação movida pela União no STF.