Donald Trump só irá tomar posse da Presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro, porém sua eleição já causa caos. Na noite da última segunda-feira, 25 de novembro, ele fez ameaças contra os 3 maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos: México, Canadá e China.
Trump afirmou que vai impor tarifas de 25% nos dois vizinhos da América do Norte e um adicional de 10% à China, ele não justificou o que queria dizer com adicional, porém aparentemente é um acréscimo aos 60% de tarifa que havia prometido em sua campanha.
Mesmo que isso não aconteça, há 2 garantias na promessa de Trump, vai provocar uma alta nos preços dos produtos eletrônicos, dentre outros, para o consumidor norte-americano; e vai causar uma desordem na cadeia global de produção já enfraquecida.
Vitória de Trump aconteceu devido aos preços altos
Grande parte da vitória de Trump foi por causa da sensação de que os preços para o consumidor aumentaram após a pandemia e não voltaram mais ao antigo patamar. O Estados Unidos é muito dependente da produção chinesa. Em relação a computadores e telefones celulares, o percentual de “made in China” chega aos 90%.
Trump também disse que as tarifas contra México e Canadá vão durar até essas nações acabarem com o tráfico de drogas nas fronteiras, principalmente o fentanil, um opioide sintético, e combaterem os imigrantes ilegais.
Como há um forte apoio no combate contra os opioides e os imigrantes ilegais, o efeito das tarifas pode virar um efeito colateral indesejável, como as mortes nas guerras.
As campanhas da Black Friday utilizam as tarifas como argumento de venda, de acordo com a reportagem da revista Newsweek. O órgão que reúne os lojistas, a National Retail Federation, afirma que se Trump implementar as tarifas no caso da China, o consumidor norte-americano vai sofrer uma perda anual de poder de compra que pode variar de US$ 46 bilhões a US$ 78 bilhões. O Estados Unidos importou bens e serviços no preço de US$ 4 trilhões em 2023. A China é responsável por US$ 433 bilhões desse total.