Ao longo de 2023, o Brasil conseguiu reduzir o número de acidentes fatais com a rede elétrica em 8%, em relação ao ano anterior. Foram 250 mortes em decorrência de choques elétricos, enquanto 2022 o número chegou a ser maior, com 270 acidentes fatais.
Os números foram apresentados nessa terça-feira, dia 2, por Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). De acordo com a entidade, houveram 782 registros de atividades relacionadas à rede elétrica, entre acidentes fatais, lesões graves e leves.
Conforme o levantamento da Abradee, a maior parte dos acidentes está relacionada à construção ou manutenção predial, cabo energizado no solo, serviços realizados na rede, ligação elétrica clandestina, furto de condutor/equipamento de energia e incidentes com equipamentos e máquinas agrícolas.
“Mais de 50% desses acidentes se deveu a algum ato de alguém que se aproximou da rede, ou seja, a maior parte dos acidentes são provocados por alguma interação, seja por alguém que inadvertidamente tocou a rede durante uma obra, por exemplo, porque o principal elemento é a construção ou manutenção de obra civis. Seja por algum serviço prestado por uma empresa que também está atuando na mesma área como de telecomunicações ou simplesmente por atos de alguém que busca fazer contato com a rede para um furto de energia ou de condutores”, observou o presidente da Abradee.
Acidentes na rede elétrica: saiba mais sobre choque elétrico
Ao falarmos de acidentes na rede elétrica, estamos falando principais de choque elétrico. O choque elétrico é uma reação patofisiológica que pode ocorrer em qualquer animal devido ao contato com um corpo que está energizado. Sua ocorrência pode derivar da ausência de dispositivos de segurança, falta de uso de proteção necessária ou curtos-circuitos.
Em resumo, o choque elétrico é uma sensação que sentimos ao sermos percorridos por uma corrente elétrica. As consequências, como citado acima, variam do choque recebido. Ao todo, seis elementos devem ser analisados:
- Tipo de corrente (direta [cd] ou alternada [ca]);
- Voltagem e amperagem (ambas são medidas de força corrente);
- Duração da exposição (quanto mais longa a exposição, maior a gravidade do dano);
- Resistência do corpo;
- Percurso da corrente (que determina o dano tissular específico).
Como resposta, o corpo pode reagir com lesões que variam entre queimaduras cutâneas, lesões a órgãos internos e outros tecidos brandos, arritmias cardíacas e parada respiratória.