Em maio de 2025, o preço do diesel no Brasil atingiu seu menor valor do ano, após a Petrobras anunciar uma redução de R$ 0,16 no litro vendido às refinarias. Essa medida representa a terceira redução do ano, seguindo cortes realizados em março e no início de abril. No entanto, a diminuição nos preços ainda não foi totalmente repassada aos consumidores finais, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em março, o diesel era vendido a R$ 3,55 nas refinarias, e agora o preço caiu para R$ 3,27, acumulando uma redução de R$ 0,28. Apesar disso, o preço médio ao consumidor ainda reflete apenas 17% dessa redução, com o diesel S10 sendo vendido a R$ 6,10 por litro na segunda semana de maio.
Por que o preço do diesel não cai proporcionalmente?
Embora a Petrobras tenha reduzido o preço do diesel nas refinarias, a queda não se refletiu integralmente nas bombas de combustível. Isso ocorre devido a diversos fatores, incluindo a carga tributária, custos de distribuição e margens de lucro dos postos de gasolina. Além disso, o aumento do ICMS em alguns estados contribui para manter os preços elevados, mesmo com as reduções.
Outro ponto importante é a variação regional nos preços. A pesquisa da ANP revela que o Nordeste apresenta o menor preço médio do diesel no Brasil, com R$ 5,94 por litro, enquanto o Norte tem o preço mais alto, chegando a R$ 6,31.
Qual é o impacto das reduções para os consumidores?
A disparidade regional também influencia a percepção dos consumidores sobre as reduções de preço. Para eles, a redução no preço do diesel representa um alívio parcial nos custos de transporte e logística.
No entanto, em comparação com o mesmo período de 2024, o diesel ainda está cerca de R$ 0,20 mais caro, o que equivale a um aumento de 6,51% em um ano. Isso demonstra que, apesar das reduções, os preços ainda são influenciados por fatores externos e internos, como a variação cambial e a política fiscal.