Ano passado, registramos recordes de temperatura que foram ultrapassados em várias regiões. Foram formadas sucessivas ondas de calor, o que impediu que as frentes frias saíssem do Rio Grande do Sul para o resto do Brasil.
A onda de calor que se formou na região Centro–Oeste e no Sudeste acabaram aumentando o consumo, principalmente com o uso maior de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. É nos dias com temperaturas mais altas que o consumo aumenta e 2024 demonstrou isso.
Como o inverno foi bastante quente em vários estados, o consumo nos meses frios foi quase igual ao registrado em janeiro de 2019, na estação mais quente. E esse consumo baixo em 2024 foi maior que o máximo de consumo de todos os anos anteriores, com a exceção de 2019.
Recorde de consumo
Em janeiro de 2025, um novo recorde foi alcançado, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em 24 de janeiro, no verão, o consumo alcançou os 102.740 MWh/h já em 15 de março de 2024, no final do verão, o pico correspondeu a 102.086 MWh/h.
Outra maneira de comparar é analisar como foi o consumo em 2024 e 2025 em semanas equivalentes. Para fazer isso, vamos fazer comparações no consumo de 24 de janeiro de 2025 com a demanda em 19 de janeiro do ano passado.
É importante relembrar que o dia 25 de janeiro é feriado em São Paulo, o que acaba reduzindo o consumo. Em 2025, esse feriado foi em um sábado e em 2024 foi em uma quinta-feira, com várias pessoas prolongando o final de semana.
No entanto, os dias utilizados para a comparação do alto consumo foram de 19/01/2024 e 24/01/2025, correspondendo a 98.631 MWh/h e 102.740 MWh/h, respectivamente. Isso demonstrou um aumento de 4% no consumo das duas semanas comparadas.