A CEO da companhia Indra Energia, Ingrid dos Santos, afirmou que muitos consumidores ainda estão fora do MLE (mercado livre de energia) e deixam de economizar nos gastos com energia por não conhecer como esse mercado funciona.
No MLE o consumidor pode contratar a compra de eletricidade com uma comercializadora ou com a própria geradora. Assim, esse cliente deixa de contratar obrigatoriamente a energia que é fornecida pela distribuidora local e tem o poder de escolher a fonte e as condições da contratação.
A partir de janeiro desse ano, essa alternativa ficou disponível a todos os consumidores da rede de alta e média tensão.
Ingrid lembra que ao migrar para o ambiente livre a economia acontece também pelos serviços customizados.
“O cliente está começando a se empoderar quando o assunto é energia”, disse.
De acordo com ela, esse conhecimento é uma via de mão dupla: enquanto os clientes entendem que podem escolher a energia contratada, as companhias aprendem a se comunicar com esses novos consumidores.
“A gente tem que entender o linguajar deles. Falar, explicar de uma maneira mais simples. Porque normalmente é o contador, é o administrador, é o empreendedor”, afirmou.
A Indra Energia atende clientes de média tensão, com um consumo médio de cerca de 50 megawatt-hora (MWh), incluindo padarias, vidraçarias e serralherias.
Para atrair novos consumidores, a empresa tem mais de mil profissionais de vendas em várias regiões do país. A Indra Energia desenvolveu um sistema que lê a fatura de energia de um potencial consumidor e constrói uma proposta na mesma hora, a partir de IA (inteligência artificial).
Na visão da CEO, uma das razões mais importantes para que um consumidor escolha migrar para o MLE é sentir confiança no processo de venda.
“Muitos clientes ainda ficam perdidos. Ou acham que é bom demais para ser verdade”, disse.