A ilha de Fernando de Noronha, conhecido por suas belezas naturais, está bem perto de dar um passo significativo rumo à sustentabilidade energética. O MME (Ministério de Minas e Energia) aprovou que a Neoenergia implemente uma usina solar na região. Este projeto ambicioso tem o propósito de não só apenas diminuir a dependência dos consumidores da energia gerada a partir de óleo diesel, porém também reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 85%.
Hoje, a energia do arquipélago é oriunda de uma usina térmica com capacidade de 5 MW, abastecida por diesel transportado do continente. No entanto, com a nova planta solar, a realidade da ilha está prestes a ser drasticamente transformada, fazendo de Fernando de Noronha um exemplo de esforço nacional a caminho de energias renováveis.
A usina solar planeja vai ter uma capacidade de 22 MWp (megawatts-pico) e irá envolver investimento de cerca de R$ 300 milhões. O projeto não é apenas sobre um avanço em capacidade energética; como também inclui a integração de baterias, que irão permitir o armazenamento da energia gerada ao longo do dia para uso durante a noite ou em períodos de menor insolação.
Neonergia planeja conscientizar morades de Fernando de Noronha
Além da infraestrutura básica, a Neoenergia está planejando atividades de conscientização para que os habitantes da ilha façam uso da eletricidade de forma mais eficiente. Isso reforça a abordagem sustentável que leva em consideração não apenas a geração de energia, como também o seu consumo responsável.
Mesmo com o entusiasmo perante a inovação energética, a implementação ainda depende de aprovações adicionais. É necessário obter a licença ambiental do governo de Pernambuco e a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entidade responsável pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Outro ponto a ser considerado é o fato de que a usina atual irá manter seu funcionamento, porém com capacidade reduzida, sendo uma reserva para situações climáticas adversas.
As dificuldades não se limitam aos aspectos regulatórios. O arquipélago também enfrenta uma polêmica sobre a eletrificação de sua frota de veículos. A mudança para veículos elétricos, inicialmente estimada para 2025, encontrou resistência em função da infraestrutura ainda precária, como ruas de terra e pedra, que comprometem o desempenho das baterias.