Será que os fenômenos El Niño e La Niña afetam o consumo e geração de energia? Não é segredo que o Brasil possui um grande potencial hidrelétrico. Um dos motivos disso é que a Energia Hídrica representa em torno de 70% da matriz elétrica nacional. A geração de energia nas hidrelétricas, assim como o nível dos reservatórios, é influenciada pelo período de chuvas e pelos fenômenos climáticos.
O que é La Niña e El Niño?
O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aumento anômalo da temperatura da superfície do Oceano Pacífico. Trazendo como principal efeito um aumento nas temperaturas alterando o padrão de precipitações em boa parte do planeta.
Já a La Niña é o oposto. Ela é caracterizada pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial. Por isso, os invernos são mais frios e os padrões de precipitação são diferentes.
Os impactos desses fenômenos naturais para produção de energia são sentidos principalmente em países que dependem de hidrelétricas. Porque elas possuem a água como fonte principal.
No Brasil, o El Niño é caracterizado pela intensificação das chuvas no sul e períodos de seca no Norte e Nordeste. Mesmo com o alto volume de precipitação aumentar o nível dos reservatórios, também existem riscos de inundações e danos às infraestruturas.
Os efeitos desses fenômenos resultam em um aumento nas contas de luz. Porque as temperaturas mais quentes causam uma maior demanda de energia. Por isso, as residências aumentam o uso de ar-condicionado e outros dispositivos de refrigeração em busca do conforto térmico. E essas ações elevam o consumo e, consequentemente, o valor da conta de energia.
Dessa forma. El Niño e La Niña são fenômenos naturais que causam impactos em nossos climas e na maneira como produzimos/ consumimos energia. É preciso que as governanças estejam cada vez mais preparadas para lidar com essas adversidades climáticas, de maneira que estejamos cada vez mais independentes das Grandes Hidrelétricas e com nossa matriz energética diversificada.