O acréscimo na conta de luz dos brasileiros, resultado do acionamento da bandeira vermelha nos meses de setembro e outubro, estimulou o aumento dos financiamentos para instalação de painéis solares em residências e empresas no Brasil.
Segundo dados da plataforma Meu Financiamento Solar, especializada em crédito para projetos fotovoltaicos no país, o volume de recursos liberados correspondeu a um aumento de 22,7% no período. Além da sustentabilidade, a energia solar é indicada como um dos melhores investimentos que proporciona uma queda nos gastos com energia elétrica.
De acordo com o levantamento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica), o Brasil superou a marca de 48 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desa forma, evitando a emissão de 58,2 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na geração de eletricidade.
Conforme a entidade, o setor fotovoltaico, que inclui a geração própria de pequenos sistemas e as usinas de grande porte, atraiu mais de R$ 220,8 bilhões em novos investimentos, gerando mais de 1,4 milhão de empregos verdes no país, desde 2012. Os negócios do setor garantiram mais de R$ 68,1 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, equivalendo hoje a 20,1% da matriz elétrica brasileira.
Nova fase do setor elétrico
Para a ABSOLAR, a crise climática no Brasil, que acumulou impactos bilionários a sociedade, devido a alagamentos, estiagens severas, queimadas e mais gastos com saúde pública, trouxe uma nova fase para o setor elétrico: acréscimo na conta de luz com a bandeira vermelha, em função da falta de chuvas e do uso de usinas emergenciais.
“Esta situação adversa poderia ser ainda pior, se não fosse o alívio à demanda e aos recursos hídricos promovidos pelas fontes renováveis não-hídricas na matriz, como solar, eólica, biogás e biomassa. Sem elas, as tarifas estariam ainda mais altas, o risco ao abastecimento seria maior e o ar poderia carregar ainda mais poluição pela queima de mais combustíveis”, aponta o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.
De acordo com o dado mais recente do órgão, o Estado do Rio de Janeiro contém mais de 1,1 GW de potência instalada em energia solar em mais de 126 mil sistemas solares instalados em telhados e pequenos terrenos.
De acordo com Manoel Nilton da Costa Filho, engenheiro elétrico responsável da Hoger Energia Solar, as placas solares têm duração média 25 anos, sem limitações no consumo da residência, não requerem muita manutenção e contribuem para a valorização do imóvel.
“Além de ser sustentável e reduzir o impacto ambiental, a energia solar é um dos melhores investimentos a se realizar, reduzindo drasticamente a sua conta de energia e proporcionando um conforto”, afirma o engenheiro elétrico.