A Matrix, uma plataforma de soluções em eletricidade e gás natural, está planejando investir em torno de R$ 680 milhões no desenvolvimento de usinas solares fotovoltaicas no Brasil até 2026. A informação foi confirmada pelo diretor de operações da companhia, Guilherme Hanna, em entrevista exclusiva ao portal Canal Solar.
Desde 2022, a companhia já destinou R$ 560 milhões ao setor solar, totalizando um portfólio de aproximadamente 800 MW. Ao todo, 35 usinas são próprias, enquanto outros 500 MW são oriundas de parcerias com usinas arrendadas.
Para os próximos dois anos, nos planos estão inclusos a implantação de 100 MW em geração centralizada, no estado de Minas Gerais, e 150 MWp em geração distribuída. Além disso, a empresa tem a pretensão de construir, em três etapas, um projeto eólico de 700 MW na Bahia.
“Continuamos acreditando que a geração própria faz parte da nossa tese de investimento, mas sempre alinhada às necessidades dos clientes. Desenvolvemos soluções para autoprodução, geração distribuída, grandes consumidores e varejistas. Somos uma comercializadora, mas enxergamos a energia como um complemento estratégico para o nosso negócio”, disse Hanna.
Matrix atende cerca de 40 mil unidades consumidoras
Atualmente, a Matrix atende mais de 40 mil unidades consumidoras, com 3.600 sendo clientes no Mercado Livre de Energia e mais 38 mil assinantes de geração distribuída.
A Matrix ainda procura se consolidar como líder no mercado de armazenamento de energia, com R$ 550 milhões já investidos nesse setor de negócio. A empresa contratou 250 MWh em sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS) em colaboração com a Huawei.
“Entendemos que o BESS é a solução para diversas demandas do setor elétrico. Decidimos começar pela aplicação mais desafiadora, que é implementar o sistema atrás do medidor”, disse o executivo.
Hanna também revelou que a companhia vai participar do primeiro leilão de armazenamento de energia do Brasil, previsto para junho de 2025. “Estamos nos preparando para o leilão não apenas pela oportunidade, mas também porque acreditamos nos benefícios que essa tecnologia pode trazer para o setor elétrico”, finalizou.