O projeto de transferência de Água Sul-Norte da China, conforme apresentado pelo canal Construction Time quer transportar expressivos 44,8 bilhões de metros cúbicos de água por ano, redirecionando os recursos hídricos abundantes do sul do país para o árido norte.
Abrangendo mais de 2.400 quilômetros, essa obra é dividida em três principais rotas: Leste, Central e Oeste, está sendo considerada um dos maiores feitos de engenharia da atualidade.
De acordo com o governo chinês, essa megaestrutura vai resolver a crise hídrica enfrentada por regiões como Pequim e Tianjin, impulsionando o crescimento econômico nas áreas mais industrializadas do Norte. No entanto, os desafios e riscos são proporcionais à magnitude do projeto.
A primeira rota que entrou em operação foi a Leste, em 2013. Essa linha aproveita o Grande Canal de Pequim-Hangzhou, uma via navegável com mais de 2.500 anos de história. Através de túneis e canais modernizados, a água do Rio Yangtzé é transportada até as províncias de Shandong e Tianjin.
Mesmo que essa rota tenha aliviado da escassez hídrica, também enfrentou problemas, como poluição da água, que precisou ser contornada. Mesmo assim, a operação das estações de bombeamento, com capacidade de 454 MW, demonstra a grandiosidade da obra.
Inaugurada em 2014, a Rota Central, é a mais longa das três, com 1.264 quilômetros. Ela sai do reservatório de Danjiangkou, na província de Hubei, e vai até Pequim e Tianjin. Um dos principais destaques dessa rota é utilizar a gravidade para mover a água, o que elimina a necessidade de estações de bombeamento ao longo do caminho.
Além de que, a ampliação desse reservatório permitiu o aumento da capacidade de armazenamento essencial para o abastecimento constante da capital chinesa. Desde seu término, essa rota tem transferido bilhões de metros cúbicos de água para as regiões mais populosas do Norte da China.
O presidente Xi Jinping confirmou em 2021 confirmou que a continuaria com esse projeto que irá captar água de tributários do Rio Yangtzé para abastecer as províncias ocidentais.