Foi assinado nesta sexta-feira pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) mais dois contratos de financiamento com destinado a projetos de energia solar, refletindo no crescimento do setor na carteira de clientes da instituição. Tem sido apontada pelo governo a promoção de energias renováveis como prioridade para impulsionar a retomada da indústria nacional.
De acordo com a Folha de São Paulo, Luciana Costa, a diretora de Transição Energética e Clima do BNDES, afirmou que o banco está se preparando para uma “segunda transição energética”, com um novo ciclo de investimentos correspondentes ao aproveitamento industrial das energias renováveis no país. Essa etapa está incluindo tecnologias emergentes como hidrogênio verde e combustível sustentável de aviação que são fundamentais para descarbonizar segmentos de difícil abatimento, como siderurgia e transporte aéreo.
O BNDES também está focado em atrair data centers, grandes consumidores de energia, para aproveitar o custo competitivo da energia renovável no Brasil. “Produzimos energia renovável a um custo muito competitivo”, ressaltou Costa. “Isso faz com que o Brasil possa contribuir para a descarbonização do resto do mundo, atraindo indústrias intensivas em energia.”
As primeiras decisões de investimento em hidrogênio verde podem surgir no segundo semestre do ano que vem, 2025. O produto, que tem a demanda de energia barata e água disponível, poderá ser usado na produção de fertilizantes, combustíveis e como insumo na siderurgia, entre outros.
Ainda de acordo com a reportagem, os financiamentos assinados hoje estão totalizando R$ 1,1 bilhão para dois projetos de geração solar localizados em Ilha Solteira (SP) e Mauriti (CE), controlados, respectivamente, pela EDP e pela Powerchina. Essas usinas juntas terão uma capacidade instalada de 402 MW.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou em nota que os investimentos “reafirmam o papel do BNDES como maior financiador de energia renovável do mundo, segundo ranking da Bloomberg, e estão alinhados à estratégia do governo do presidente Lula de promover a transição energética no país”.
Desde o início do governo atual, o banco já aprovou R$ 4,1 bilhões em financiamentos para projetos de energia solar, ao todo somando R$ 11,8 bilhões na história desse segmento.