Na última década, as montadoras globais anunciaram planos ambiciosos para a transição de suas produções para veículos totalmente elétricos até 2030. No entanto, mudanças recentes nos mercados e condições econômicas fizeram algumas empresas reconsiderarem essas metas iniciais.
Entre as fabricantes que revisaram suas estratégias estão gigantes da indústria como General Motors, Ford e Volvo, que agora vão dar prioridade a fabricação de veículos híbridos ou continuaram com motores a combustão tradicional em algumas regiões.
Em uma atualização estratégica divulgada no começo desse ano, a General Motors (GM) informou que a empresa vai focar na produção de veículos híbridos ao em vez de exclusivamente elétricos. Essa decisão é parte de uma tentativa de balancear a inovação com as demandas ainda expressivas por motores de combustão interna. A GM, que contempla marcas como Chevrolet, Buick e Cadillac, tem o propósito de oferecer uma linha variada de veículos que atendam a diferentes mercados e necessidades dos consumidores ao redor do mundo.
Assim como a GM, a Ford, em maio de 2024, informou que poderá continuar vendendo carros a combustão na Europa após 2030. Essa decisão é devido a mudança em relação à meta anterior da União Europeia, que incentivava o abandono dos veículos movidos a combustível fóssil a partir de 2035. As fabricantes estão ajustando suas estratégias em resposta a fatores econômicos e políticos, além de garantir a viabilidade financeira de suas operações.
A Volvo, informou em setembro de 2024 uma revisão em suas metas de eletrificação. A decisão foi por causa da redução na demanda por veículos totalmente elétricos na região, levando a empresa a dar prioridade na produção de modelos híbridos plug-in. A Volvo ressaltou que a transição para eletrificação total não vai ser linear e vai variar de acordo com as condições de mercado e infraestrutura de carregamento em diversos países.