Na última sexta-feira, dia 28, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o mês de julho contará com a bandeira tarifária amarela. Dessa forma, haverá um aumento nas tarifas dos consumidores, algo que não acontecia desde abril de 2022.
O novo valor será acrescido de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Esse valor foi estipulado e aprovado pela Aneel em março deste ano, quando houve redução de 37% do valor da bandeira amarela, caindo de R$2,989/KWh para R$1,885/KWh. Com esse acionamento, uma conta de luz de R$ 100 passaria para R$ 102,6, por exemplo.
A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Bandeira tarifária amarela: entenda as diferentes tarifas
Com a instituição da bandeira tarifária amarela durante o mês de julho, muitos consumidores podem estar se perguntando acerca das diferentes tarifas estipuladas pela Aneel. Ao todo, a Aneel dividiu o sistema em quatro diferentes bandeiras tarifárias. Cada um destes está atrelado às condições de geração de energia, seja essa energia hídrica (rios), eólica (massas de ar), solar (sol) ou outras.
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia, portanto, sem nenhum acréscimo monetário;
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis, pequena taxa acrescentada de R$ 1,885 por cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração; acréscimo de R$ 4,464 por cada 100 kWh gastos;
- Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração, acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos.