Em 2024, segundo a análise da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), o consumo global de energia deve crescer cerca de 4%, sendo a maior taxa de crescimento desde 2007, com chance de continuar crescendo até 2025.
Segundo as análises, nesse ano e no ano de 2025, o aumento no uso mundial de eletricidade deve ser maior que o crescimento do PIB global de 3,2%, de acordo com a previsão do Fundo Monetário Internacional. Para aqueles que utilizam inteligência artificial (IA), a agência espera uma demanda maior de eletricidade.
Os data centers são um dos principais segmentos que utilizam IA e devem ter um crescimento na demanda, chegando a 3% até 2026, menor que o crescimento previsto de 2% para veículos elétricos no mesmo intervalo. Porém, a análise retrata que as estimativas de consumo de energia nos data centers têm intervalos, fazendo com que as projeções futuras sejam incertas, principalmente em questões sobre implantação, projeções de demanda e eficiência energética.
Como o aumento de demanda de energia pode afetar o meio ambiente?
Outra questão que pode aumentar o consumo de eletricidade, é a expectativa de aumento nas temperaturas globais, podendo demandar uso de usinas de carvão até 2025, dificultando a redução das emissões de dióxido de carbono. O uso do ar-condicionado é o principal fator apontado pela agência para a manutenção de projetos a carvão.
Segundo a agência, com mais pessoas fazendo uso do equipamento, as fontes renováveis não serão suficientes para tender o consumo, o que força as redes de energia a manterem um fornecimento de base confiável.
Para a IEA, a alta utilização do ar-condicionado irá exigir a implementação de padrões de eficiência mais restritos como forma de aliviar o impacto do aumento da demanda por resfriamento. “O crescimento da demanda global por eletricidade neste ano e no próximo deve estar entre os mais rápidos das últimas duas décadas, destacando o papel crescente da eletricidade em nossas economias, bem como os impactos das ondas de calor severas”, declarou Keisuke Sadamori, diretor de Mercado e Segurança Energética da IEA.