Uma pesquisa recente da Interface de Política Científica da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou uma transformação de terras úmidas em áreas áridas, atingindo 40% das terras globais, excluindo a Antártica. A alteração, em área que equivale a um território maior que a Índia, aconteceu nas últimas 3 décadas.
O relatório ainda indica riscos para a agricultura, como a possível redução da produção de milho no Quênia pela metade até 2050. As terras áridas, na qual 90% da precipitação é perdida por evaporação, podem ter até 2/3 de sua capacidade de armazenamento de água diminuída até o final do século, escancarando as dificuldades para a sustentabilidade ambiental.
De acordo com a pesquisa, o avanço é mais evidente na Europa, oeste dos Estados Unidos, Brasil, leste da Ásia e África central. O continente africano reduziu cerca de 12% do seu PIB entre 1990 e 2015 por causa do aumento da aridez.
“As mudanças climáticas causadas pelo homem são provavelmente as culpadas por uma expansão de 1,5 milhões de km2 nas terras áridas do planeta desde o início da revolução industrial (ou seja, 1850)”, diz o estudo.
Os pesquisadores ainda identificaram que, mesmo sob cenários de emissões moderadas, se espera que a população em terras áridas alcance os 3,5 bilhões. América do Norte, Europa e África terão um crescimento no número de habitantes nessas zonas, independentemente dos cenários de emissões.
Terras brasileiras não serão mais viáveis?
Será possível que daqui a décadas, morar em terras brasileiras não vai ser mais viável? Essa questão surgiu depois de uma notícia ser divulgada em julho deste ano sobre um estudo da NASA relacionado a mudanças climáticas mais recentes e quais impactos elas causariam na vida do nosso país.
Segundo uma pesquisa divulgada pela Agência Espacial Americana (NASA), algumas áreas no país podem se tornar inabitáveis nos próximos 50 anos em função do aumento das temperaturas, algo que está sendo visto em todo o mundo.
De acordo com especialistas da CNN, esse estudo sobre o Brasil inabitável também leva em consideração o fator “umidade”. Isso devido a um dos principais mecanismos que o corpo humano tem para a regulação da temperatura é o suor. Que à medida que vai evaporando, retira o calor excessivo.