As instalações de MMGD (micro e minigeração distribuída) deve aumentar em média 11% ao ano entre 2025 e 2029, alcançando 56 GW em 2029, de acordo com o Planejamento Anual da Operação Energética (Plan) para o período, desenvolvido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e divulgado na última terça-feira, 3 de dezembro.
O documento enfatiza a trajetória de ampliação da MMGD em ritmo muito maior do que o da carga, que deve ter ampliação de 3,3% em média entre 2025 e 2029, chegando a 94.157 MW médios.
Na análise de micro e minigeração distribuída, o número instalado em 2024 vem se mantendo estável, cerca de 700 MW por mês. Mantendo a média, as instituições apontam 8 GW instalados em 2024, parecido com os anos de 2022 e 2023.
Até 2029, algumas coisas podem influenciar o modelo como o custo dos módulos fotovoltaicos, que continuam reduzindo este ano, a sobreoferta dos equipamentos, podendo levar a uma redução no Capex dos sistemas fotovoltaicos, a ampliação do uso de veículos elétricos, a possibilidade de enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) e o crescimento de sistemas flutuantes.
Em contrapartida, o câmbio pode impactar a competitividade do setor, assim como a saturação do mercado, o crescimento de taxa de juros e o início da cobrança do fio B, de acordo com o previsto na Lei 14.300.
Levando em consideração todos esses elementos, aconteceu mais uma revisão em cima da projeção de total de MMGD instalada no país. Este ano, a previsão é de 35 GW, com possível aumento de 56 GW em 2029.
Em relação a garantia física, os volumes são mais baixos, em função ao fator de capacidade menor do que a geração solar, porém ainda assim expressivos.