A Amazon anunciou, na última quarta-feira, 16 de outubro, anunciou investimentos expressivos em energia nuclear, se juntando a outras gigantes da tecnologia que estão buscando na energia atômica uma fonte para atender às altas demandas de energia elétrica da computação na nuvem e da inteligência artificial.
À medida que empresas como Microsoft, Amazon e Google rapidamente ampliam a capacidades de seus centros de dados globais, elas procuram ativamente novas fontes de eletricidade.
A Amazon assinou três acordos em apoio ao desenvolvimento de Pequenos Reatores Modulares (SMRs, na sigla em inglês), que serão mais compactos e potencialmente mais fáceis de empregar do que os reatores convencionais.
A tecnologia ainda está dando seus primeiros passos e falta aprovação regulatória, gerando questionamentos sobre os prazos de implementação.
“Uma das formas mais rápidas de responder às mudanças climáticas é através da transição das nossas sociedades para fontes de energia livres de carbono, e a energia nuclear é tanto livre de carbono quanto capaz de escalar, e é por isso que é uma área importante de investimento para a Amazon”, afirma Matt Garman, o diretor-executivo da Amazon Web Services (AWS), plataforma de computação em nuvem da gigante do varejo.
Nas novas colaborações da Amazon estão inclusas a colaboração com a Energy Northwest para o desenvolvimento de quatro SMRs avançados no estado de Washington, com possibilidade de geração de até 960 megawatts até o começo da década de 2030.
A empresa também investiu US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões na cotação atual) na X-energy, líder no desenvolvimento de SMR, para dar apoio a mais de 5 gigawatts de novos projetos com base em energia nuclear.
Além disso, a Amazon está se juntando à Dominion Energy para a exploração de um projeto de SMR perto da usina nuclear North Anna, próximo à Virgínia, com o objetivo de adicionar pelo menos 300 MW de energia para dar conta dos aumentos projetados da demanda.
A Virgínia do Norte, um ponto global de interseção da internet, está vivendo um crescimento sem precedentes em demanda de energia elétrica devido à expansão de centros de dados. A Dominion Energy informou que novas usinas térmicas a gás natural podem ser necessárias mesmo com os compromissos para descarbonizar a matriz energética do estado até 2045.
