O home office (trabalho remoto), uma prática que se popularizou durante a pandemia, pode estar com os dias contados.
No mais recente levantamento da consultoria KPMG, o “CEO Outlook”, executivos de grandes empresas mundiais declararam um apoio crescente ao retorno completo dos funcionários ao ambiente físico dos escritórios, ou melhor, trabalho presencial.
O estudo, que ouviu mais de 1.300 CEOs, ressaltou uma tendência clara: a era do trabalho remoto está sob ameaça, com muitos líderes seguindo o exemplo de pessoas como Elon Musk.
A busca por um controle maior, além de uma política de recompensas para quem estiver presente diariamente é o motivo para tal.
O relatório aponta que 79% dos CEOs dos EUA acreditam que o trabalho que antes era em sua maior parte remoto vai voltar a ser realizado fisicamente até 2027.
Esse número aumentou expressivamente em comparação aos 34% registrados no começo desse ano.
A modalidade híbrida reduziu de 46% para 17%, enquanto somente 4% esperam que as funções permaneçam totalmente remotas.
A pressão para o retorno presencial vem se intensificando, e algumas big techs como Amazon, Dell e Salesforce, já exigem que os funcionários estejam no escritório pelo menos em alguns dias da semana.
A visão crítica de Musk sobre o home office foi o que inspirou outros líderes empresariais.
O CEO da Tesla e SpaceX chegou a afirmar que o home office é uma “besteira” e exigiu que os profissionais da Tesla retornassem ao escritório, ameaçando desligar quem insistisse no trabalho remoto.
A atitude do bilionário, conhecida por ser incisiva, tanto mexeu com o mercado, como também ecoou entre outros CEOs, gerando diversos retornos ao escritório entre as grandes corporações.
No caso de Musk, sua decisão fortalece a crença de que a presença física é fundamental para o desempenho e o trabalho em equipe, e agora muitos outros líderes empresariais compartilham da mesma visão.
Para esses CEOs, o escritório continua sendo o local mais eficaz para colaboração, inovação e supervisão direta dos times.