O mercado de energia elétrica brasileira está em constante evolução, estimulado pelo crescimento nas negociações no ACL (Ambiente de Contratação Livre). A plataforma principal de vendas de energia do país, BBCE, se destacou ano passado com volumes significativos de negociação, solidificando seu papel na liquidez do mercado.
De acordo com dados de novembro do ano passado, o consumo brasileiro de energia elétrica correspondeu a 47.324 GWh, apontando uma alta de 1,4% em comparação ao mesmo período de 2023, destacando o aumento de 11,2% no mercado livre. Este avanço reforça uma maior participação dos clientes da ACL, fortalecendo a importância da gestão de riscos e estratégias mais sofisticadas na operação desse ambiente dinâmico.
Esse crescimento na liquidez e no consumo reflete a necessidade de aprimorar a gestão de crédito e monitorar as contrapartes, especialmente em um mercado bastante competitivo e conectado às mudanças regulatórias.
Esse panorama, mesmo sendo promissor, necessita que as empresas dobrem o foco em risco de crédito. A alta na liquidez representa uma necessidade de um rigor maior na análise de contrapartes, principalmente em um ambiente que ainda precisa de uma clearing centralizadora.
Mercado de energia brasileiro precisa de monitoramento
Desde 2023, o mercado brasileiro possui um monitoramento prudencial da CCEE, uma plataforma desenvolvida para reduzir riscos sistêmicos e fornecer a transparência sobre o Fator de Alavancagem das companhias participantes. No decorrer do período sombra, a CCEE teve capacidade prática e, mesmo sem aplicar as penalidades, esse monitoramento já trouxe avanços fundamentais.
Esse tipo de medida reflete no que o mercado já entende: os riscos precisam de monitoramentos de forma constante, integrada e estratégica. Companhias que negligenciarem esse lado estarão expostas a inadimplências e desequilíbrios financeiros podendo comprometer seus serviços dentro do mercado de energia.
Com as exigências regulatórias aumentando e o mercado estando bastante competitivo, a gestão do risco de crédito necessita de soluções tecnológicas avançadas. Sistemas Energy Trading and Risk Management (ETRM), como os usados por agentes do setor, tem um papel fundamental na integração de dados operacionais, contratuais e financeiros.