Será possível que daqui a décadas, morar em terras brasileiras não vai ser mais viável? Essa questão surgiu depois de uma notícia ser divulgada em julho deste ano sobre um estudo da NASA relacionado a mudanças climáticas mais recentes e quais impactos elas causariam na vida do nosso país.
Segundo uma pesquisa divulgada pela Agência Espacial Americana (NASA), algumas áreas no país podem se tornar inabitáveis nos próximos 50 anos em função do aumento das temperaturas, algo que está sendo visto em todo o mundo.
De acordo com especialistas da CNN, esse estudo sobre o Brasil inabitável também leva em consideração o fator “umidade”. Isso devido a um dos principais mecanismos que o corpo humano tem para a regulação da temperatura é o suor. Que à medida que vai evaporando, retira o calor excessivo.
No entanto, dependendo do nível de umidade, pode ter uma dificuldade para essa evaporação. Com isso, essa combinação de calor extremo e alta umidade pode comprometer expressivamente a capacidade física de autorregulagem térmica, fazendo com que certas regiões se tornem inabitáveis para o ser humano. Assim surgiu a hipótese do Brasil Inabitável.
Mundanças climáticas aumentam em áreas afetadas pelo calor
Uma análise das mudanças climáticas dos últimos anos destaca um crescimento progressivo das áreas afetadas pelo calor extremo no Brasil. Mapas apontam que, desde 1984, as manchas vermelhas indicativas de altas temperaturas vem se expandindo no centro do país, avançando para o sul.
Por isso, ainda que alguns portais de notícia nacionais tenham enfatizado que a pesquisa da NASA pode conter um certo “alarmismo ambiental” e não se sustenta baseado em outros estudos, o cuidado com o meio ambiente nunca foi uma pauta tão urgente.
De acordo com o site Climate Central, o ano de 2024 vem sendo excepcionalmente quente, com cada mês determinando novos patamares. De maneira notável, as temperaturas mundiais nos primeiros seis meses estavam em torno de 0,1°C a 0,4°C mais elevadas que os recordes anteriores para esse mesmo período.
Além de que, entre 16 e 24 de junho de 2024, em torno de 4,97 bilhões de pessoas enfrentaram o calor extremo, com muitas regiões registrando recordes que foram expressivamente mais prováveis por causa das mudanças climáticas. Países como Índia, China e Brasil foram afetados, com temperaturas alcançando níveis extremamente altos.