De acordo com relatório da Solfácil, os sistemas híbridos de armazenamento de energia solar reportaram uma redução de 30% nos preços médios entre janeiro e agosto de 2024.
De acordo com o levantamento, a queda é resultado direto da redução nos custos das baterias de lítio, o principal componente desses sistemas, e do crescimento na procura por esses sistemas.
Conforme os dados, o valor das baterias de lítio caiu de 43% no período, enquanto os inversores híbridos estão 26% mais baratos.
Dispositivos com os inversores das linhas ES G2 e ET, com capacidade de operar em modo on-grid e off-grid sem necessidade de adaptações, são os mais buscados.
As baterias de lítio do tipo LiFePO4, conhecidas por sua durabilidade e maior eficiência em comparação com as de chumbo-ácido, também está ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro.
O aumento na procura por soluções de armazenamento está também diretamente ligado a um momento de aumento nos preços da energia elétrica e a dificuldades técnicas, como o “desafio da inversão de fluxo” nas redes de distribuição. Esse movimento vem intensificando a competição no setor e acelerado a redução nos preços.
A procura por sistemas híbridos aumentou consideravelmente no mesmo período. Segundo a Solfácil, a vantagem principal dessa tecnologia está na junção de eficiência, segurança energética e autonomia, em especial em um cenário de instabilidade no fornecimento de energia elétrica.
“Os consumidores têm visto nos sistemas híbridos uma solução robusta para garantir energia ininterrupta e economizar a longo prazo. A tendência é que os sistemas híbridos de energia solar se consolidem como uma opção cada vez mais viável para quem busca não só economia e maior controle sobre o consumo e a geração de energia elétrica”, afirma o COO da Solfácil, Brainer Martins.
Aumento na tarifa de importação de módulos fotovoltaicos
O aumento da tarifa de importação para módulos fotovoltaicos, de 9,6% para 25%, que começou a vigorar na última semana, vem dividindo opiniões no setor de energia. De um lado, a nova alíquota é indicada como uma oportunidade para a indústria nacional se desenvolver pelas possibilidades que o Brasil tem para oferecer para energia solar. Do outro lado, novos investimentos podem ser inviabilizados e a elevação entra em conflito com o discurso de transição energética.
Sérgio Pataca, o consultor de mercado e energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), indica que o Brasil possui a sexta maior demanda de painéis solares do mundo e é o terceiro maior produtor mundial de silício, insumo principal para a fabricação do produto, porém ainda tem uma produção baixa em relação a essas vantagens.