Pesquisadores do Instituto de Engenharia de Energia (IEE) estão desenvolvendo alternativas inovadoras para o armazenamento de energia, com foco em soluções sustentáveis e eficientes. Entre as propostas mais recentes, destaca-se o uso de esferas ocas submersas no fundo do mar, uma abordagem que busca otimizar o aproveitamento de recursos naturais e garantir maior estabilidade ao fornecimento elétrico.
O conceito, batizado de “Stensea”, aposta em grandes esferas de concreto posicionadas em profundidades que variam entre 500 e 600 metros. Cada estrutura pesa aproximadamente 400 toneladas e possui cerca de 9 metros de diâmetro. O objetivo é utilizar o potencial do armazenamento hidroelétrico bombeado para regular a oferta de energia conforme a demanda da rede elétrica.
Como funciona o armazenamento de energia esférico submerso?
O sistema de armazenamento de energia no fundo do mar utiliza um princípio relativamente simples, mas altamente eficaz. Quando há excesso de eletricidade disponível, a energia é empregada para bombear a água para fora das esferas ocas, criando um vácuo em seu interior. Esse processo transforma as esferas em reservatórios de energia potencial, pronta para ser liberada quando necessário.
Quando a demanda por eletricidade aumenta, a água do mar é liberada de volta para dentro das esferas. Esse movimento aciona turbinas instaladas no sistema, convertendo a energia potencial armazenada em energia elétrica. Dessa forma, o método contribui para equilibrar a oferta e a procura de eletricidade, especialmente em momentos de variação no consumo ou na geração de fontes renováveis, como solar e eólica.
Quais são as vantagens do sistema Stensea?
- Alta capacidade de armazenamento: A profundidade e o tamanho das esferas permitem guardar grandes volumes de energia.
- Durabilidade: Estruturas de concreto são resistentes à corrosão e à pressão do ambiente marinho.
- Flexibilidade: O sistema pode ser instalado em diferentes locais do oceano, adaptando-se às necessidades regionais.
- Baixo impacto ambiental: O uso de materiais inertes e a ausência de resíduos tóxicos minimizam riscos ao ecossistema.