Com o nível do Rio Madeira aumentando gradativamente, as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio estão funcionando com pelo menos metade das unidades geradoras. No mês de setembro, as hidrelétricas tiveram que reduzir a capacidade em função da estiagem severa na região.
Com mais de 3 mil km² de extensão, sendo um dos maiores do mundo, o rio Madeira contém as maiores usinas hidrelétricas do Brasil: Jirau e Santo Antônio. Ambas fazem parte do SIN (Sistema Interligado Nacional) e produzem energia para todo país.
No dia 11 de outubro de 2024, o Madeira alcançou um nível nunca observado, desde que começou a ser monitorado em 1967: 19 centímetros. Na última sexta-feira, 29 de novembro, o rio chegou a 5,50 metros. Mesmo assim, o nível está abaixo da média, que é 6,16 para este período.
Por causa da baixa vazão, Jirau começou a operar com 20% das turbinas, enquanto Santo Antônio também interrompeu parte das máquinas e ficou somente com 14% da capacidade.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), até a última quarta-feira, 27 de novembro, a Jirau estava em operação com 25 Unidades Geradoras e geração média de 1.000 Megawatts, enquanto Santo Antônio possuía 28 máquinas ativas, com geração média de 1.700 Megawatts.
De acordo com a Santo Antônio, na última sexta-feira, 29 de novembro, a quantidade de máquinas em funcionamento subiu para 30. As condições alteram de acordo com a afluência do rio Madeira. Quanto maior for a vazão, maior a possibilidade de mais unidades funcionarem sem danos. As turbinas da usina foram criadas para operar com uma queda líquida entre 10 e 20 metros.
O rio Madeira passou meses em seca extrema e cenários nunca observados. Os Ribeirinhos e moradores de distritos enfrentaram a falta de água e os pescadores observaram os peixes desaparecerem, assim como seu sustento.