Os Estados Unidos retomaram a produção de painéis fotovoltaicos pela primeira vez desde 2019 com a sua capacidade de fabricar painéis solares atingindo em torno de 40 GW, o suficiente para suprir quase toda a demanda interna por energia solar, de acordo com o balaço da Associação das Indústria de Energia Solar (Seia, na sigla em inglês) e da consultoria Wood Mackenzie.
De acordo com o estudo, os EUA totalizaram 9,3 GW de capacidade de produção de painéis fotovoltaicos no terceiro trimestre deste ano, resultando em recorde de produção para um período de três meses. A ampliação do setor reflete especialmente por causa do IRA (Inflation Reduction Act), um pacote legislativo incluindo diversos incentivos para o setor de energia limpa.
Lei de 2022 tem o propósito de atender as demandas de energia solar
Essa legislação foi aprovada em agosto de 2022 visando suprir a demanda interna e superar desafios logísticos em cadeia mundial, além de diminuir a dependência da China, um país que é líder mundial na fabricação de equipamentos solares.
“Políticas do governo federal e maior volume de investimentos privados estão fortalecendo a segurança energética do país e criando milhares de postos de trabalhos. Os EUA estão avançando para tomar participação de mercado de competidores estrangeiros e garantir que os empregos e o crescimento econômico do setor solar beneficiem as comunidades locais”, declarou Abigail Ross Hopper, a presidente da Seia.
O uso de energia solar nos EUA ultrapassará os 40 GW em 2024. Apenas no terceiro trimestre, 8,6 GW foram adicionados, o que representa um aumento anual de 21% e se torna o maior resultado trimestral reportado no país. O aumento é puxado pelo setor de GC (geração centralizada), com 6,6 GW adicionados no período.
A Wood Mackenzie e a Seia preveem que o volume de instalações de energia solar anual será de no mínimo 43 GW nos próximos anos. Até 2029, a capacidade instalada da geração solar vai ser o suficiente para supria a demanda de 70 milhões de moradias.