Um apagão nacional vai ser implementado no Equador para a manutenção do sistema elétrico do país durante a noite de quarta-feira, das 22h no horário local até as 6h de quinta-feira. O governo informou em um comunicado neste domingo. Esse período vai corresponder ao intervalo entre 0h e 8h de quinta-feira no Brasil.
A medida tem o propósito de “manutenção preventiva” no Sistema Nacional de Transmissão e na rede de distribuição de energia, como foi informado no comunicado. Esse trabalho na área de transmissão vai custar em torno de 1,19 milhão de dólares, enquanto a manutenção na distribuição vau custar em torno de 1 milhão de dólares.
O corte de energia acontece quando o Equador enfrenta uma grave seca que afeta as represas hidrelétricas, que fornecem a maior parte da energia do país.
“Este cronograma foi escolhido com senso de responsabilidade, com o objetivo de não afetar a vida cotidiana dos equatorianos e a produtividade do país”, disse a nota emitida pelo gabinete do presidente Daniel Noboa.
A administração de Noboa já ordenou cortes de energia em períodos de escassez. A autoridades atribuíram, em junho, a interrupção do fornecimento em todo o país a linhas de transmissão defeituosas e à manutenção insuficiente.
APAGÃO
Em junho, o Equador foi afetado por um apagão nacional em várias regiões do país que enfrentam problemas de energia por horas.
“Houve uma falha na linha de transmissão que causou uma desconexão em cascata, resultando na falta de eletricidade em escala nacional”, disse Roberto Luque, ministro das Obras Públicas, que também é o ministro interino de Energia. Em um comunicado, o ministro citou o Operador Nacional de Eletricidade do país (CENACE) e que autoridades trabalharam para resolver o problema.
O apagão iniciou por volta das 15h20 locais (17h20 no horário de Brasília), de acordo com a nota da prefeitura de Quito, e em torno de 95% da energia no país já tinha sido restabelecida até as 21h (horário de Brasília).
A prefeitura da capital pediu desculpas pelo apagão e disse que “todos os equipamentos técnicos foram mobilizados para garantir o controle e a segurança dos cidadãos”.
“Este evento é um fiel reflexo da crise energética que vivemos, com falta de investimento em geração (o que aconteceu em abril), falta de investimento em transmissão (o que aconteceu hoje) e em distribuição. Por anos, deixou-se de investir nesses sistemas e hoje estamos vivendo as consequências”, disse Luque.