A usina nuclear Angra 1 voltou a operar com 100% de potência, a 642 MW, às 17h25 da última quinta-feira, 3 de outubro.
Na véspera, 2 de outubro, por volta das 10 horas, a operação da planta foi reduzida a 22 MW, em função de queimadas que causaram um problema nas linhas de transmissão de 500 kV da Eletrobras que escoam a produção da usina.
A retomada de potência começou às 11h09 do mesmo dia, após normalização das linhas de transmissão, devido à abertura dos disjuntores de saída para as linhas.
“É importante ressaltar que a abertura dos disjuntores ocorreu em função de problemas nas linhas de transmissão de propriedade da Eletrobras. E, sem ter como escoar toda a energia produzida por Angra 1, ocorreu a imediata e segura redução da geração de energia”, disse a Eletronuclear.
“Os procedimentos adotados seguiram integralmente as normas operacionais e de segurança”, ressaltou a Eletronuclear em nota. De acordo com a empresa, não teve impacto negativo ao meio ambiente, aos trabalhadores nem à população.
A carga da usina Angra 1 foi reduzida de 642 megawatts (MW) para 22 megawatts (MW), de forma a alimentar os barramentos auxiliares de operações e segurança de Angra 1.
Às 11h09, depois da normalização das linhas de transmissão, a subida de potência da usina Angra 1 foi iniciada. Esse processo leva em média, 24 horas, para atingir 100% de carga, afirmou a Eletronuclear.
Angra 1 e 2
Angra 1 foi encomendada e inaugurada comercialmente em 1985. Antes da primeira usina Angra ficar pronta, com a ampliação das limitações americanas ao crescimento nuclear, uma outra parceria, com a Alemanha, surgiu para a segunda usina, Angra 2. O projeto foi da empresa Siemens. Angra 2 foi concluída em 2001.
As duas únicas usinas nucleares brasileiras, Angra 1 e 2, estão localizadas na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que é um monumento à engenharia.