A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, na última terça-feira, 18 de fevereiro, com uma economia projeta em R$41,2 milhões, o fornecimento de eletricidade de Venezuela por meio da Bolt Energy para Roraima. A importação está ocorrendo desde a última sexta-feira, 14 de fevereiro.
A ação tem o propósito de diminuir os custos com o suprimento de energia elétrica de Boa Vista e localidades ligadas, que hoje dependem da geração térmica a gás natural, biomassa de acácia, biomassa e óleo de palma e óleo diesel.
A energia é distribuída através da Linha de Transmissão 230 kV Boa Vista – Santa Elena de Uairén, endo monitorada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A aprovação permite que a importação aconteça entre janeiro e abril de 2025, com um limite de 15 megawatts, de acordo com o estabelecido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Segundo das informações divulgadas pela Folha, o custo de energia foi estabelecido em R$ 1.096,11 por megawatt-hora (MWh), e a Bolt Energy vai ser remunerada através de recursos da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), que financia a produção de energia elétrica em áreas isoladas. Em caso de falhas na linha de transmissão entre Santa Elena de Uairén e Boa Vista vão ser descontados do volume de energia pago à empresa.
E o blecaute no último final de semana?
O término de importação da energia elétrica na Venezuela à Roraima ocorreu devido aos constantes blecautes que o estado brasileiro estava sofrendo com o abastecimento. Depois que a Folha noticiou o estado que o estado já estava utilizando a energia do país vizinho, no outro dia Boa Vista apresentou um apagão de aproximadamente uma hora.
Contudo, uma análise dos engenheiros ouvidos pela reportagem, indicam que o evento aconteceu devido a um apagão no estado venezuelano, gerando um efeito cascata atingindo a linha de transmissão até a capital roraimense. Um deles também ressaltou que a importação de 15 MW da Venezuela não será suficiente para causar um apagão.