A Aliança para Inovação e Compartilhamento Tecnológico no Setor Elétrico (EISA, na sigla em inglês), foi lançada no Rio de Janeiro. A princípio, a iniciativa reúne 16 companhias, universidades e centros de pesquisa, que irão promover intercâmbio de informações e tecnologias para otimizar o setor elétrico brasileiro e chinês.
O Ministério de Minas e Energia (MME) participou do lançamento, no último domingo, 17 de novembro, quando um Memorando de Entendimento pelas entidades fundadoras do Brasil e da China foi assinado, contando com apoio do MME.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, ressaltou que os dois países são exemplos de geração de energia limpa e renovável.
“No momento em que se discute a mudança da matriz energética global, a descarbonização do planeta para salvaguardar as questões climáticas tão fundamentais e a preservação da vida humana, é importante que a gente entenda também que há uma oportunidade imensa para uma nova economia, em que a geração de emprego e renda nesse novo mundo globalizado vem por meio das parcerias estratégicas. Além disso, Brasil e a China são exemplos para a produção de energia limpa e renovável no mundo”, disse no texto do MME.
Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, falou sobre a importância da iniciativa para o setor elétrico brasileiro.
“Essa abordagem é fundamental para que possamos usar o Brasil, tanto quanto a China, como plataformas para desenvolvimento e demonstração em grande escala de soluções inovadoras para a transformação do sistema elétrico”, declarou representando, o ministro, que participou, ao longo do dia, de várias reuniões bilaterais à margem do G20 a convite do presidente Lula.
Os desafios do sistema elétrico do Brasil e da China
Realizado pela State Grid Corporate of China, o encontro contou com palestras sobre as principais dificuldades dos sistemas elétricos do Brasil e da China, assim como as principais soluções em desenvolvimento.
“Uma missão técnica de especialistas brasileiros à China, focada em tecnologias de alta capacidade para transmissão, já está prevista como uma das próximas ações da Aliança”, afirmou o MME.
Ainda de acordo com a pasta, o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligadas ao MME, assinaram o documento conjunto com as empresas State Grid Brazil Holding S.A; o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel); a Universidade Federal Fluminense; a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos; e o Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (InovaUSP); a CPFL Energia S.A; e o CET Brazil Equipamentos de Energia Elétrica e Tecnologia LTDA.
Além das empresas acima, o documento possui assinaturas de outros orgãos, como a Nari Brasil; a EPPEI Brasil; a China Electric Power Research Institute; a Tsinghua University; a empresa State Grid Economic And Technological Research Institute Co., Ltd.; e as universidades North China Eletric Power University e Wuhan University.