A meta para triplicar a capacidade mundial de energia limpa até o ano de 2030 e diminuir o uso de combustíveis fósseis pode ser alcançada, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) em um relatório na terça-feira, 24 de setembro, contudo isso irá exigir um grande esforço para eliminar gargalos, como licenças e conexões de rede.
Esse relatório surge quando líderes governamentais e empresariais se reuniram na Semana do Clima de Nova York na tentativa de estimular ações contra as mudanças climáticas.
Quase 200 países na cúpula climática COP28, realizada em Dubai no ano passado, concordaram em tentar atingir zero emissões líquidas do setor de energia até 2050 e também se comprometeram a triplicar a capacidade de energia renovável, como a eólica e a solar.
Condições econômicas favoráveis
A IEA disse que essa meta de energia renovável “está ao alcance graças a condições econômicas favoráveis, ao amplo potencial de produção e a políticas sólidas”, porém afirmou que a maior capacidade de energia renovável, por si só, não diminuiria o impacto dos combustíveis fósseis e os custos para os consumidores.
“Para destravar todos os benefícios da meta de triplicação, os países precisam fazer um esforço conjunto para construir e modernizar 25 milhões de quilômetros de redes elétricas até 2030… O mundo também precisaria de 1.500 gigawatts (GW) de capacidade de armazenamento de energia até 2030”, declarou a IEA.
Países presentes na COP28 se comprometeram a redobrar medidas de eficiência energética para auxiliar na redução do uso de energia, porém essa meta vai exigir que os governos façam da eficiência uma prioridade política muito maior.
A IEA também disse que os países deverão incorporar as metas de eficiência energética e de energias renováveis em seus planos nacionais para o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris.
As emissões do setor de energia mundial alcançaram um número recorde em 2023.