A retomada do horário de verão no Brasil vai ter um impacto bastante expressivo em outubro. A queda na demanda nos horários de pico para esse mês é estimada em 2,9%. Contudo, ela reduz em novembro e dezembro. Esses dados foram apresentados no relatório técnico elaborado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) entregue ao Ministério de Minas e Energia sobre o assunto.
Em novembro, a estimativa é de baixa de2,5% na demanda no horário de pico. Em dezembro, haverá redução de 1,4%. Em janeiro, há um repique com aumento de 0,1% na curva de demanda, voltando a retrair em fevereiro, no patamar de 0,2%. O estudo do ONS analisou o cenário no intervalo de 2024 a 2028.
O documento informa que a economia ocorre porque com o horário de verão, o pico de demanda é diluído. Quando o sistema precisa de muita energia, ao fim do dia, momento em que há menos geração solar e eólica, as termelétricas precisam ser acionadas.
Menor acionamentos das termelétricas
A suavização do pico no horário de verão resulta em um menor acionamento das usinas termelétricas. As termelétricas têm um custo mais elevado, tanto que a operação delas já causa um impacto na conta de energia dos brasileiros. Na sexta, a vigência da bandeira vermelha foi elevada para o patamar 2, que tem custo mensal de R$ 7,877 a cada 100 quilowatt-hora consumidos, a partir desse mês.
Apesar da redução no horário de ponta (pico), em âmbito geral, a retomada do horário de verão resulta, de acordo com o estudo, em um aumento na demanda em alguns meses dentro de alguns subsistemas. Isto acontece no subsistema sul nos próximos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Já no Sistema Interligado Nacional (SIN), há aumento em janeiro.
O menor uso das usinas termelétricas proporcionará uma economia estimada no período de outubro de 2024 até fevereiro de 2025. O valor foi calculado variando de R$ 244 milhões a R$ 356 milhões no período. A diferença na projeção ocorre porque depende do nível dos volumes dos reservatórios das usinas hidrelétricas.