Uma das pautas que mais deve permanecer em alta nas discussões sobre o setor energético em 2025 é a conclusão ou não da construção da usina nuclear Angra 3.
O BAF conseguiu informações com o técnico da equipe econômica que o governo federal ainda não decidiu sobre o será feito, mesmo com a torcida de Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, de que a obra seja finalizada.
No Congresso, a torcida é pela conclusão, especialmente entre a bancada fluminense. Dentro dos ministérios que são relacionados ao assunto, a percepção é de que é muito complicado entender o que será feito da obra de Angra 3.
Como diversos governos já discutiram este tema e nenhum teve a coragem de decidir, a pauta vai sendo “empurrada com a barriga”.
Retomada da obra de Angra 3
A conclusão da obra de Angra 3 estava na pauta da reunião do Conselho Nacional de Política Energética, que decidiria sobre a autorização para implantar a usina e o preço da energia comercializada.
O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) adiou na última terça-feira, 10 de dezembro, a decisão sobre a continuação das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro.
Foi apurado que o Ministério de Minas e Energia, que está presidindo o conselho, deu orientações para a aprovação dos itens. No entanto, houve um pedido de vista coletivo, adiando a decisão.
De acordo com os interlocutores do governo, o tema deverá voltar à pauta do CNPE no final de janeiro de 2025, na primeira reunião extraordinária. Na reunião, o conselho vai avaliar dois estudos sugeridos pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira:
- melhorias na governança da Eletronuclear, empresa que controla as usinas. A análise será elaborada pela Casa Civil;
- novas fontes de financiamento para a finalização das obras, em análise pelos ministérios da Fazenda e Planejamento.