A Cana-de-Açúcar possui um enorme potencial econômico, energético e ambiental. Este recurso não é importante apenas como um subproduto da produção de açúcar e etanol. Além disso, ela é uma das matérias-primas principais como fonte de energia biomassa.
Por exemplo, no primeiro semestre de 2023, a cana correspondeu a 71% de toda a energia produzida a partir de biomassa, equivalendo a 13,8 milhões de MWh. E a projeção é de esse número aumente cada vez mais, porque este recurso é uma das formas mais eficientes e sustentáveis de produção de energia.
A cana-de-açúcar também é utilizada para produzir energia a partir da biomassa oriunda do bagaço da cana. Este processo começa na colheita quando a planta é levada para usina e avaliada nos laboratórios. Logo depois, é moída até a retirada do açúcar. Sobrando apenas o bagaço da cana. Isto é, a biomassa.
Como a biomassa é gerada?
Esse bagaço vai para a queima/combustão, gerando um vapor, encaminhado para as turbinas. E a energia mecânica produzida é transformada em energia elétrica.
De acordo com dados publicados pelo Balanço Energético Nacional (BEN) 2023, cerca de 15,4% oferecida no Brasil é oriunda da cana-de-açúcar.
Entre os benefícios de usar a cana, se encontra o índice elevado de aproveitamento dos subprodutos, menor impacto ao meio ambiente em relação a a outras fontes de energia.
Entre as energias renováveis produzidas a partir dela estão: bioeletricidade, E2G, biogás e pellets de cana. Isso faz com que a matéria seja uma das nossas principais “chaves” a caminho de uma descarbonização e uso menos agressivo ao meio ambiente.
O etanol produzido a partir da queima da cana também pode ser utilizado para a matéria-prima para novos combustíveis renováveis em segmentos de difícil descarbonização, assim como a aviação.
As regiões cultivadas de cana-de-açúcar correspondem a apenas 1,3% do território nacional. Mas, o país ainda é o maior exportador de açúcar no mundo todo. Inclusive, essas áreas, já reduziram em torno de 9,8 milhões de toneladas de C02 (dióxido de carbono).